segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

O homem dos sete ofícios



















O homem dos sete ofícios

carreira Actor, produtor e realizador, Nicolau Breyner já trabalhou no teatro, cinema e televisão e estreia-se, aos 67 anos, como realizador do grande ecrã com o filme Contrato, que começou a ser rodado esta semana.

«Finge que te queres levantar mas não consegues. Faz o movimento e depois olhas para ela. Fixas os olhos nela... É isso mesmo, e não abras logo os olhos.»
São algumas das indicações que Nicolau Breyner vai dando a Pedro Lima no seu filme de estreia como realizador no cinema, Contrato.

Aos 67 anos de idade, Nicolau Breyner é uma verdadeira referência nacional na arte do espectáculo, seja no teatro, na televisão ou no cinema, somando 45 anos de carreira como actor, produtor, argumentista e realizador. No entanto, só em 2008 vê concretizado um sonho há muito aguardado: realizar um filme.

«Já podia ter sido há mais tempo, não era preciso ter sido tão tarde. Estava suficientemente maduro para isso e o normal até é começar muito mais cedo. Mas devido a várias circunstâncias surgiu mais tarde. E este era o projecto, para o momento, que eu poderia fazer», esclarece Nicolau Breyner, satisfeito com o decorrer das filmagens. «Está a correr muito bem. Estamos a cumprir os planos mas sem descurar a qualidade que julgo que este filme deve ter e o que necessita para ser um filme.»

Considerado por muitos como um dos maiores actores portugueses, Nicolau Breyner estreou-se nos palcos do Teatro da Trindade na peça Leonor Telles, de Marcelino Mesquita, em 1962. A qualidade da interpretação levou-o rapidamente a celebrizar-se no teatro de revista, acabando por enveredar pelo caminho da televisão. A série Senhor Feliz e Senhor Contente, de 1975, foi a rampa de lançamento para programas de humor em nome próprio: Eu Show Nico, Nico d'Obra ou Euronico.

Juntamente com a representação ? participou em diversas novelas e séries nacionais como Vila Faia, A Ferreirinha, mais recentemente Vingança e Resistirei ?, desenvolveu a produção ? fundou a NBP em 1990 ? e a realização de televisão (A Mulher do Sr. Ministro, Estação da Minha Vida, 7 Vidas, entre outros), tendo passado pelos três canais de televisão. Com uma vasta filmografia, onde constam Os Imortais, O Milagre Segundo Salomé e Kiss Me, que lhe valeram três globos de ouro, 2007 foi o ano de maior produção cinematográfica da sua carreira: Antes de Amanhã, O Mistério da Estrada de Sintra, Atrás das Nuvens, Corrupção e Call Girl.

Além das novelas, séries e filmes programados para 2008, Nicolau Breyner pretende realizar mais dois projectos que prefere para já manter em segredo.

Jornal "Sexta", 18 Janeiro

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